domingo, março 19, 2017

Resenhas: Absolute All-Star Superman e Whatever Happened to the Man of Tomorrow?

Duas histórias publicadas em partes, envolvendo o fim da carreira de Superman.


Absolute All-Star Superman

Publicada de em doze fascículos, do final de 2005 ao final de 2008, esta é a mais sofisticada das duas. Seu ponto de partida foi um reboot da história de Supeman que acabou não ocorrendo, o que deixa esta história fora de qualquer continuidade. Logo no início, Superman é afetado mortalmente; toda a série gira em torno de como ele trata a proximidade da sua morte.

Os personagens não caíram no meu gosto. Os clássicos estão com uma personalidade diferente e os novos me confundiram por não serem devidamente apresentados (quando li eu pensei que eram personagens conhecidos de uma época que eu não costumo ler, mas depois descobri que eram novos). Por exemplo, Jimmy Olsen é praticamente um palhaço, em uma espécie de homenagem às histórias grotescas da série Superman's Pal. No lado do novo, temos o P.RO.J.E.C.T e o Dr Quintum, parte importante da trama e nunca esclarecidos.

Bem que eu gostaria de ser capaz de esquecer esta imagem
A qualidade do roteiro de Grant Morisson oscila bastante entre os fascículos. O ponto baixo é certamente quando Superman transforma temporariamente Lois Lane em uma Superwoman e acaba tendo que brigar por sua atenção com Sansão e Atlas.

A arte de Frank Quitely é boa, com alguns momentos excelentes, mas foge bastante da arte clássica.

Veredito: Não me agradou. É uma série bastante premiada, portanto parece que muitos tem uma opinião diferente da minha. Olhando no Goodreads, vejo que, embora minoria, eu não estou sozinho em não gostar desta história.

Whatever Happened to the Man of Tomorrow?

Novamente temos um reboot envolvido, desta vez um que foi em frente. Na eminência da publicação do reboot de Superman no final de 1986 (com "Crise em Terras Infinitas"), o editor Julius Schwartz resolveu se despedir do livro publicando um final para a continuidade que estava sendo abandonada. Sua primeira opção para o roteiro era um dos criadores de Superman, Jerry Siegel. Não sendo possível por problemas legais, Schwartz chamou um roteirista que estava começando a se destacar: Alan Moore. A arte ficou a cargo de Curt Sawn, o responsável pelo aspecto clássico de Superman.

O resultado foi publicado em duas partes, sendo portanto um história não muito longa. Mesmo assim, ela procura dar um final para os principais amigos e inimigos de Superman. A história é conduzida como um entrevista de Lois Lane a um repórter, dez anos após o desaparecimento de Superman.

Até a Legião faz uma ponta na história
O roteiro é excelente, combinando ação com pitadas de romance, um pouco de humor e até mesmo horror. Os inimigos de Superman se tornam extremamente violentos e atacam os amigos de Superman. Isto faz com que ele leve os amigos mais próximos para a Fortaleza da Solidão, onde se prepara para a batalha final. Diversos elementos clássicos são reaproveitados, temos alguns momentos bastante emotivos e o final traz algumas surpresas.

No topo da primeira página Moore avisa que "this is an imaginary story... but aren't they all?". Imaginária ou não, é um fechamento perfeito para as histórias que eu li na minha adolescência.

Esta edição inclui ainda outras duas histórias escritas por Alan Moore envolvendo Superman.

Veredito: Imperdível para os fãs do Superman da Silver Age. Pode não ser do gosto de quem prefere histórias com mais angústia existencial e/ou arte mais moderna.

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