domingo, julho 19, 2015

Resenha: Lady in the Dark (Modesty Blaise 22)

Fazem mais de dois anos que não resenho um álbum da Modesty Blaise. Embora eu tenho lido alguns álbuns deste então, já completou um ano desde a última leitura. Embora não tenha lido ainda todos, neste meio tempo eu comprei vários. O motivo é que, aparentemente, existem muito fãs da Modesty, e os livros vem se esgotando rapidamente. O resultado é que a minha coleção parece irremediavelmente comprometida:  cinco álbuns (Death Trap, The Lady Killers, The Scarled Maiden, Death in Slow Motion e Sweet Carlone) estão esgotados e são encontrados apenas por valores absurdos.



Mas vamos falar de "Lady em the Dark". É sempre um prazer ler um álbum da Modesty. Os roteiros de Peter O'Donnel são inteligentes e cheios de ação, pretendo a nossa atenção e nos fazendo esquecer dos problemas diários. A arte de Enric Romero é excelente, Modesty está sempre naturalmente bonita e sexy.

The Girl From the Future

Esta história é tão boa que eu acho que deveria ter sido o título do álbum. Começa sem pressa, com duas misteriosas esferas de ouro maciço. Quando surge a Garota Que Veio do Futuro do título, está claro que é um golpe. Mas quem está por trás? O desenrolar da história trás algumas surpresas, obrigando o leitor a reconsiderar suas opiniões iniciais.



Temos mais uma demonstração da índole de Willie Garvin e Modesty: ao imobilizar um bandido que ameaçou machucar Modesty, ele é impedido por ela de matá-lo. Modesty diz que ele deve ser menos vingativo com as pessoas que querem feri-la, pois é parte do jogo; Garvin responde que para ele ferir mulheres nunca é parte do jogo. E tem ainda um pequeno toque de humor: o bandido prefere fugir a enfrentar Modesty uma segunda vez. Uma última curiosidade são algumas cenas com Modesty e a Garota do Futuro de top-less: aparentemente ao final dos anos 80 (a história foi publicada em 89), não existiam mais os pudores de 1971.

The Big Mole

Inspirada pela descoberta de um espião em um alto cargo do MI5, o centro da história está em atacar uma casa onde um espião está sendo protegido por um grupo terrorista. É preciso capturar o espião vivo (apesar das ordens dos terroristas de matá-lo ao primeiro sinal de ataque) e ainda salvar um grupo de enfermeiras que estão de refém de local.   A história é enriquecida por uma pequena ligação com o passado de Modesty e alguns personagens secundários marcantes (como Ms Fothergill).

Aguarde um pouco e a Sra F mostrará que é mais que uma velinha chata

Lady in The Dark

O argumento envolve algo que não costumo gostar:  poderes psíquicos. Mas não há como deixar de apreciar Dinnah Collier, a amiga cega e sensitiva de Modesty. Mais que sua beleza física, se destaca por ser uma personagem rica em detalhes, como sua aceitação da condição de cega e a sua reação natural à violência. Violência que está associada à história do tesouro que Dinnah foi convidada a descobrir e aos bandidos contratados para roubá-lo.

Um tesouro com um histórico de mortes e traições
 Veredito

Recomendado.

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