domingo, julho 06, 2014

Crítica: Maigret e o Ladrão Preguiçoso

Retomando a leitura dos livros de Maigret da L&PM Pocket, um livro relativamente recente (escrito em 1961).


Em "Maigret e o Ladrão Preguiçoso" temos um Maigret mais velho e irritado com as mudanças na Polícia Judiciária. Uma nova geração de juízes considera a Polícia como uma peça inferior da Justiça, impondo-lhe uma função subalterna. Regulamentos e burocracias tolhem os policiais.

Oficialmente Maigret não está no caso do título. Foi chamado oficiosamente por um colega "da velha guarda", mas seus superiores querem que se dedique exclusivamente a uma quadrilha de assaltantes. Isto leva Maigret a ruminar como as leis dão mais prioridade à proteção de bens e valores do que à integridade das pessoas.

Desta forma o livro acompanha as duas investigações. A investigação da morte do "ladrão preguiçoso" segue o processo tradicional de Maigret, de tentar entender o mundo e a mente do morto. Já a investigação da quadrilha é apenas rotina.

Maigret sente uma certa conexão com o ladrão, a quem já prendeu no passado mas teve que soltar por falta de provas. A tensão com os superiores aumenta mais quando as pistas envolvem pessoas poderosas.

Veredito

Recomendado.

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