domingo, outubro 17, 2010

Livro do Mês: The Phantom 1936-1937

Embora não tenha sido o primeiro herói mascarado a aparecer nas histórias em quadrinhos, muitos consideram que o Fantasma estabeleceu o padrão de ação, aventura e romance para o gênero.

Ele foi criado em 1936 por Lee Falk (criador também do Mandrake), na forma de uma tira diária. As primeiras três histórias desta tira estão republicadas neste livro "The Phantom - the complete newspaper dailies: Volume One 1936-1937". As primeiras tiras foram desenhadas pelo próprio Lee Falk; a partir da terceira semana os desenhos são de Ray Moore.


A primeira história, "The Singh Brotherhood" apresenta já em sua primeira tira Diana Palmer. O Fantasma só iria aparecer (parcialmente) no ultimo quadrinho da quinta tira. É uma história bastante longa, com a origem do Fantasma só sendo revelada no seu final.




Curiosamente, no início Falk pretendia dar ao Fantasma uma identidade secreta mais "tradicional" e introduziu o personagem Jimmy Weels. Pouco depois ele abandonou esta ideia, adotando a história que todos conhecemos; Jimmy silenciosamente sumiu das histórias.

A segunda história, "The Sky Band", sedimenta um outro aspecto desta fase inicial do Fantasma: mulheres sensuais se apaixonando perdidamente por ele. O seu compromisso com Diana não o impede de incentivar as investidas da chefe do Sky Band e com isto manipular, através do ciúmes, a sua braço direito.


Por último, "The Diamond Hunters" trás a aventura para as selvas e mostra o Fantasma não só como um protetor das tribos mas como um chefe delas.


Lendo este livro percebe-se o quanto as histórias atuais são "aguadas". As imposições de uma tira diária, quase sempre com quatro quadrinhos, conseguem ser transformadas em vantagens. As aventuras tem um ritmo forte, com suspenses e cliffhangers quase que diários. As inevitáveis recapitulações não são enfadonhas. Existe uma boa dose de mistério, sem uma obsessão em explicar tudo. O Fantasma é um personagem intenso, longe das preocupações do politicamente correto. Se por um lado Diana é uma mulher inteligente, forte e corajosa, por outro lado ela não deixa de fazer as mesmas tolices que Lois Lane viria a fazer alguns anos depois.

Veredito: Recomendado.

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