terça-feira, novembro 18, 2008

DVD: O Enigma de Andromeda

Inspirado pelo meu post sobre a morte de Michael Crichton, comprei o DVD O Enigma de Andromeda.

É uma história de ficção científica: um satélite cai em uma cidadezinha e todos os habitantes morrem, menos um velho e uma criança. Um grupo de cientistas precisa decifrar o mistério e deter a ameaça.

Ao contrário de outras adaptações dos livros de Crichton, esta não tem nenhum ator famoso. O único nome conhecido nos créditos é o diretor, Robert Wise, que se notabilizou por dirigir filmes dos mais diversos gêneros (ganhou um Oscar pela Noviça Rebelde, dirigiu O Dia Que a Terra Parou e o primeiro filme de Star Trek).

O filme mistura a naração com alguns trechos em flashback e em alguns momentos a tela é dividida em partes. A edição "nervosa" e a trilha sonora criam um ambiente intrigante e cheio de suspense.


Existe uma preocupação em dar um tom de veracidade à história e a tecnologia apresentada é compatível com a época de realização do filme (1971). Não se assustem, portanto, em ver teletipos e gráficos do nível do Apple ][ (que, é claro, não existia ainda na época do filme).


Algumas pessoas talvez não gostem do jeito meio seco como as informações são passadas, que podem fazer com que se chegue ao final sem entender o que se passou.

Concluindo, é um filme muito interessante para se ver. Encontrei para venda em várias lojas, por preços entre R$28 e R$40.

4 comentários:

Jefferson disse...

Daniel,

Não sei se você sabe, mas existe um remake, beeem mais moderno :)

Se é "melhor", ou não, aí já não sei dizer :)

wmoecke disse...

Recentemente assisti a esse filme (o de 71), no canal SciFi, de madrugada. Daí lembrei do seu artigo aqui.

Apesar de concordar com você no que diz respeito aos efeitos visuais "arcaicos" empregados na produção do filme, uma coisa é indiscutível: você percebe que todo o cuidado foi tomado no sentido de deixar cada cena o mais verossímil possível. Eu fiquei impressionado com toda a bagagem teórica apresentada nos diálogos e interações entre o professor-chefe da equipe e a doutora pesquisadora, bem como os procedimentos de higiene adotados, os cenários (as instalações subterrâneas), e mesmo as cenas onde é mostrado o que os pesquisadores vêem sob o microscópio. Tudo é crível. Parece muito realista, o que define o estilo de redação do Michael Chrichton (por isso sou fã desse autor), recheado de "verdades" totalmente baseadas em pesquisa científica real.

O que falta nos filmes de hoje em dia, é justamente isso - a verossimilidade. Muito dinheiro é gasto com efeitos especiais espetaculares totalmente gerados por computadores, pipocando na tela a cada minuto, enquanto que os atores são geralmente aqueles tipos "queixudos", fazendo o tipo "herói americano" (vide Ben Affleck/Bruce Willis e outros), cujas falas se limitam a "Hasta La Vista, Baby", e outras pérolas de igual calibre...

To errado?

Daniel Quadros disse...

Werner,

Você está mais que certo! A maioria dos filmes atuais insiste em mostrar tecnologia como show e efeitos especiais são apenas "eye-candy". Para mim os bons efeitos especiais são aqueles discretos, que coloboram com a estória ao invés de concorrer com ela.

wmoecke disse...

Daniel,

(21 meses depois do meu último comentário...)

Sei lá, andei meio "obcecado" por esse filme nas últimas semanas, tanto que após algum sacrifício, "consegui-o"...
Também dispendi o trabalho e esfoço para baixar a medíocre versão filmada em 2008 (sugerido pelo Jefferson Ryan aí acima)

Sinceramente, o de 2008 é um desperdício de tempo e dinheiro (graças a Deus no meu caso, só perdi o primeiro). Foi filmado no formato "minissérie" (tal qual o que fizeram com a adaptação do livro "The Last Stand", de Stephen King, nos anos 90) para o canal A&E.

Mas como eu dizia, um verdadeiro desastre: o filme tenta começar seguindo a linha do original, com o satélite contaminando a ciddade inteira e td o mais, mas do meio do primeiro disco para o restante (acredite, acabou virando uma "novela" de aproximadamente 2:30h o filme!!), só devaneios. Chega-se ao absurdo de os roteiristas nem se preocuparem em dar uma continuidade decente aos dois pacientes que são recuperados vivos da cidade de Piedmont - eles desviam completamente o rumo da história para a ficção-científica desnorteada (não vou falar aqui para não estragar a graça - que graça?? Mas enfim...) da história.

Mas é uma verdadeira b*st@, perdoe meu francês.

Ainda bem que posso assistir ao original para despoluir meus globos oculares...

Um fato interessante sobre o original: a cidade é vitimada 4 dias antes da data do meu nascimento... :) Que bacana será lembrar disso nos meus aniversários vindouros.